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Desafios do Século XXI: O Que a V FECCEJAA nos Ensinou sobre a Interconexão

  • Foto do escritor: Cejaa Santanopolis
    Cejaa Santanopolis
  • 10 de out. de 2024
  • 7 min de leitura

A 5ª edição da Feira de Ciências do Colégio Estadual José Antônio de Almeida (FECCEJAA) aconteceu nesta última terça-feira, 1º de outubro de 2024, em Santanópolis - BA. Com o tema "A Interconexão entre ser humano e natureza: desafios do século XXI", o evento trouxe reflexões sobre o impacto das atividades humanas no meio ambiente, apresentadas através de diversos stands temáticos.

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Foto/reprdução: CEJAA INFORMA | Estudantes realizando a apresentação de seu stand

Esta edição teve como tema "A Interconexão entre ser humano e natureza: desafios do século XXI" e traz uma importante reflexão a respeito da relação entre a espécie humana e a natureza, mostrando como as ações dos seres humanos são percebidas e recebidas no cenário natural. Os estudantes trouxeram temas extremamente importantes para atualidade, levando em consideração que na contemporaneidade o planeta terra enfrenta uma crise climática grave e emergente caracterizada por mudanças rápidas e intensas no clima, principalmente devido à atividade humana, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. Esses fatores aumentam as emissões de gases de efeito estufa, resultando em aquecimento global, elevação do nível do mar, eventos climáticos extremos e perda de biodiversidade, temas que foram tratados pelos estudantes.


Trazer esta temática à tona é uma necessidade, bem como uma responsabilidade a assumir, pois estamos diante de um desafio que põe em risco não só a natureza, mas todas as espécies de vida que nela existem (humanos, bichos, plantas, fungos...). Trata-se de um tema que não só envolve o meio ambiente, mas também a justiça social, a saúde, economia e o bem-estar geral. A conscientização a respeito do assunto proposto é fundamental, para mobilizar a sociedade diante deste cenário atual.



Emissão do Carbono


Esta sala temática trouxe uma reflexão importantíssima, pois o principal fator agravante para a Crise Climática é a emissão incontrolável de gases do efeito estufa, isto inclui uma grande quantidade do gás carbônico.


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Foto/reprdução: CEJAA INFORMA | Estudantes realizando a apresentação de seu stand

Ao adentrar nesta sala temática, os estudantes logo abordavam uma pequena introdução a respeito do aquecimento global e a vida cotidiana. Foi possível encontrar no local do primeiro stand decorações que simulassem uma cidade grande, onde na maioria das vezes ocorre a maior parte da poluição atmosférica. Em seguida, os alunos apresentaram uma experimentação que provava os resultados do Efeito Estufa.


O experimento

O experimento com três copos ilustra o efeito estufa. No primeiro copo, que não recebe luz solar, a temperatura se mantém baixa. No segundo copo, exposto à luz solar, a temperatura aumenta, mostrando como a radiação aquece superfícies. No terceiro copo, dentro de uma caixa coberta com papel alumínio, a temperatura sobe ainda mais porque o calor fica retido, simulando como os gases de efeito estufa na atmosfera aprisionam o calor. Isso evidencia como a luz solar e a retenção de calor contribuem para o aquecimento global.


Os estudantes fizeram um ótimo trabalho ao mostrar como o efeito estufa afeta diretamente o nosso planeta e contribui para o aquecimento global. Eles explicaram de forma clara como as atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, intensificam esse fenômeno, gerando diversas consequências graves.


A sala também destacou outras repercussões, como o aumento das queimadas em florestas, a desertificação de áreas férteis e a elevação do nível do mar, que ameaça regiões costeiras. Imagens impactantes de desastres naturais, como enchentes e secas, foram exibidas, mostrando a realidade alarmante de um planeta em crise.


Ao final, os visitantes saíram com uma compreensão mais profunda sobre os perigos da crise climática e como o agravamento do efeito estufa está diretamente ligado à degradação ambiental em várias partes do mundo.



Sequestro de Carbono


A sala temática sobre Sequestro de Carbono explora como o processo de captura e armazenamento de dióxido de carbono ajuda a combater os efeitos das mudanças climáticas, tanto por meios naturais quanto tecnológicos. Logo após essa introdução, fomos convidados a realizar o plantio de girassol, além da demonstração clarificada, através de uma maquete, que compara duas paisagens, uma viva e colorida, a outra é seca e sem vida, simulando um ambiente devastado pela influência do carbono. Além de visualizar as consequências geradas pelo acúmulo de carbono na atmosfera, a sala temática trouxe medidas de combate às más consequências provocadas pelo gás carbônico, que neste caso, é o Sequestro de Carbono.



O que significa Sequestro de Carbono?

O sequestro de carbono é o processo de capturar e armazenar dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera para ajudar a reduzir os níveis desse gás, que é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa e pelo aquecimento global. Esse processo pode acontecer de maneira natural, quando árvores, plantas e oceanos absorvem o CO₂ durante a fotossíntese, armazenando o carbono em suas estruturas. Além disso, existem técnicas artificiais, como a captura de CO₂ emitido por indústrias, que o armazenam em locais subterrâneos, impedindo que ele seja liberado na atmosfera. Isso ajuda a mitigar o impacto das emissões e desacelerar as mudanças climáticas.

Ao final da visita à sala sobre Sequestro de Carbono, deixou claro que a captura e o armazenamento de dióxido de carbono são essenciais para a luta contra as mudanças climáticas. As diferentes medidas apresentadas, que vão desde a preservação de florestas até tecnologias inovadoras de captura, destacaram a importância de cada um de nós na proteção do meio ambiente. Compreender esses processos e suas aplicações nos motiva a agir de maneira consciente e responsável, contribuindo para um futuro mais sustentável e equilibrado para o nosso planeta.

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Foto/reprdução: CEJAA INFORMA | Estudantes realizando a apresentação de seu stand


Mudanças climáticas e povos indígenas


A sala sobre Mudanças Climáticas e Povos Indígenas explorou a relação crítica entre o desmatamento, as consequências do agronegócio e a monocultura, e o papel vital que os povos indígenas desempenham como protetores das terras. A exposição abordou como a expansão das atividades agrícolas e a exploração desenfreada dos recursos naturais têm levado à degradação ambiental, resultando em perda de biodiversidade e alteração dos ecossistemas.


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Foto/reprdução: CEJAA INFORMA | Estudantes realizando a apresentação de seu stand

Os visitantes puderam entender como essas práticas afetam não apenas o meio ambiente, mas também as comunidades indígenas que dependem dessas terras para sua sobrevivência e cultura. Foi ressaltada a importância do conhecimento ancestral e das práticas sustentáveis que os povos indígenas utilizam para preservar a biodiversidade e garantir a saúde dos ecossistemas.


A sala também destacou histórias de resistência e ativismo, mostrando como os povos indígenas estão na linha de frente da luta contra o desmatamento e a exploração predatória, defendendo seus direitos territoriais e promovendo a conservação das florestas. Assim, a visita proporcionou uma reflexão sobre a necessidade de integrar os saberes indígenas nas estratégias de conservação e desenvolvimento sustentável, reconhecendo sua importância como guardiões das terras e da biodiversidade.



Racismo Ambiental

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Foto/reprdução: CEJAA INFORMA | Estudantes realizando a apresentação de seu stand

Ao chegar na sala sobre Racismo Ambiental, os visitantes foram recebidos com uma abordagem abrangente dos impactos da poluição do meio ambiente na compra de alimentos, apresentada através de uma reportagem impactante. A exposição destacou como as comunidades mais vulneráveis são afetadas por práticas agrícolas insustentáveis e pela contaminação do solo e da água, o que compromete a qualidade dos alimentos disponíveis.


Foi discutido também os impactos da poluição em diferentes contextos globais, incluindo países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes, evidenciando que, enquanto algumas nações possuem recursos para mitigar esses efeitos, muitas comunidades marginalizadas continuam a sofrer as consequências de forma desproporcional.


As maquetes apresentadas foram um ponto central da exposição. Uma delas ilustrou uma comunidade marginalizada, como uma favela, mostrando as necessidades básicas ignoradas pelo governo, como saneamento, acesso à água potável e serviços de saúde. Em contraste, a outra maquete representou uma área onde vivem a elite e os privilegiados, evidenciando a disparidade de condições de vida e acesso a recursos.


Para complementar a experiência, um mural com um resumo dos principais temas abordados na sala foi exposto, servindo como um guia visual para os visitantes. Por fim, uma encenação em vídeo trouxe à tona as histórias de indivíduos afetados pelo racismo ambiental, seguida de um quiz interativo que desafiou os visitantes a refletir sobre o que aprenderam e a se engajar mais profundamente com as questões discutidas. Essa experiência multimídia proporcionou uma compreensão mais rica e empática da interseção entre desigualdade social e questões ambientais.



Poluição Plástica


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Foto/reprdução: CEJAA INFORMA | Maquete ilustrando a poluição plástica na água

A sala sobre Poluição Plástica apresentou, de forma impactante, os efeitos devastadores gerados pela poluição plástica no meio ambiente. Ao entrar, os visitantes foram confrontados com uma maquete que ilustrou os impactos da poluição plástica em diferentes ecossistemas, evidenciando como o acúmulo de resíduos afeta a qualidade do solo e da água.


A exposição discutiu as consequências da poluição plástica, abordando tanto os impactos ambientais diretos quanto os efeitos sobre a saúde humana e a vida selvagem. Foram apresentados dados sobre a quantidade de plástico que entra nos oceanos e os desafios que isso representa para a biodiversidade e a cadeia alimentar.


Além disso, a sala destacou soluções e iniciativas para combater esse problema crescente, mostrando alternativas sustentáveis e promovendo a conscientização sobre a redução do uso de plástico. Os visitantes foram incentivados a refletir sobre seu papel na luta contra a poluição plástica e a adotar práticas mais sustentáveis em suas vidas diárias. Essa experiência educativa sublinhou a urgência de abordar a questão da poluição plástica e a necessidade de ações coletivas para proteger nosso planeta.



Impacto necessário, objetivo cumprido


Através das cinco salas temáticas da V FECCEJAA, foi possível explorar de maneira abrangente e aprofundada o tema "A interconexão entre ser humano e natureza: desafios para o século XXI". As exposições abordaram questões críticas na seguinte ordem: Emissão de Carbono, Sequestro de Carbono, Mudanças Climáticas e Povos Indígenas, Racismo Ambiental e Poluição Plástica. Cada sala ofereceu uma perspectiva única sobre como essas questões estão interligadas e afetam a saúde do nosso planeta e das comunidades que nele habitam.


Os visitantes foram convidados a refletir sobre as consequências das ações humanas no meio ambiente, reconhecendo a importância de mitigar a emissão de carbono e promover práticas sustentáveis de sequestro de carbono. A discussão sobre as mudanças climáticas destacou a vulnerabilidade dos povos indígenas e a relevância de seus conhecimentos na proteção da biodiversidade. Além disso, as salas sobre racismo ambiental e poluição plástica enfatizaram como as comunidades marginalizadas enfrentam as piores consequências da degradação ambiental.


Essa sequência de aprendizados promoveu um entendimento mais profundo sobre a urgência de um esforço coletivo para garantir um futuro mais equilibrado e sustentável. Assim, a V FECCEJAA cumpriu seu objetivo de fomentar a consciência ambiental e incentivar ações que promovam a harmonia entre ser humano e natureza, preparando-nos para os desafios que virão no século XXI.


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Foto/reprdução: CEJAA INFORMA | Professora e alunas durante apresentação da sala temática.

 
 
 

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